Chama-se BUILD2050 - Training for Sustainable and Healthy Building for 2050 e arranca esta terça-feira com o contributo do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS).

Trata-se de um projeto europeu vocacionado para uma construção civil europeia mais sustentável e saudável, financiado pelo programa Erasmus+ num montante que ascende a 320 mil euros.

O projeto, que assinala hoje o seu início oficial e terá duração prevista três anos, vai ser desenvolvido por um consórcio de sete instituições de ensino superior sob coordenação do IPS, através da investigadora Susana Lucas, do INCITE - Centro de Inovação em Ciência e Tecnologia do IPS.

“Enquadrado na estratégia de transição ambiental instituída pelo Pacto Ecológico Europeu, que visa tornar a Europa climaticamente neutra até 2050, o BUILD2050”, a iniciativa “foca-se no desenvolvimento de uma formação integrada e transnacional de técnicos capacitados para projetar e construir novos edifícios ou renovar os existentes tendo em vista a redução das emissões de carbono, assim como a produção de poluição”, refere uma nota do IPS, enviada à Renascença.

De acordo com a investigadora responsável, o BUILD2050 consiste “num caminho que os edifícios têm que fazer até 2050”, tendo em conta que “as edificações precisam de ser mais sustentáveis e promotoras da saúde e bem-estar”.

Susana Lucas sublinha que a “a Europa precisa de técnicos treinados para tal”, e o projeto pretende, precisamente, “contribuir para esse desafio enquanto reservatório de conhecimento e experiência para desenvolver novos profissionais”.

O Politécnico de Setúbal, enquanto coordenadora, espera que, até 2025, seja possível desenvolver “conteúdos transnacionais para oito cursos na área Construção 2050, a formação dos primeiros 30 graduados, provenientes de diferentes países europeus, assim como o lançamento de uma plataforma e de um eBook que disponibilizará os respetivos conteúdos ministrados e resultados das ações”.

Por outro lado, os promotores esperam criar o Guia Europeu BUILD2050, pretendendo, em última instância, “dar origem a uma rede europeia consolidada de profissionais, investigadores e decisores políticos nas áreas temáticas da Construção 2050”.

Além do Instituto Politécnico de Setúbal, são instituições parceiras do consócio a Universidade de Bolonha e o Politécnico de Milão (Itália), a Universidade de Atenas (Grécia), a Universidade de Bochum (Alemanha), a Universidade de Ciências da Vida de Varsóvia (Polónia) e a Universidade de Tecnologia de Luleå (Suécia).