A escola pública pode perder quase 19.500 professores nos próximos sete anos, estima o Conselho Nacional de Educação (CNE).
No relatório do Estado da Educação, a que a Renascença teve acesso, o CNE fez as contas ao número de docentes com mais de 60 anos. Este órgão consultivo em políticas educativas avisa que o envelhecimento da classe verifica-se em todos os níveis de ensino e que é de prever que as aposentações acelerem nos próximos anos.
Por outro lado, o CNE alerta para a dificuldade em contratar professores devidamente habilitados e que, na última década, os cursos da área da Educação foram os que registaram a maior quebra de alunos, dando como exemplo uma quebra superior a 50% no ano letivo 2019/2020, quando ingressaram no curso de educação básica pouco mais do que 600 alunos.
No Ensino Superior, o documento destaca que, em 2019, pela primeira Portugal regista uma taxa de inscritos pela primeira vez no ensino superior, de estudantes com idade inferior a 25 anos, acima das médias da OCDE e da UE22.
Já sobre as áreas de formação com menor propensão ao desemprego, o documento destaca Matemática e estatística (1,7%) e entre as cinco áreas com maior propensão a de Serviços sociais (9,7%).
O documento refere ainda que mais de 80% de crianças, jovens e adultos inscritos em todos os níveis de educação e ensino frequentavam o sistema público de educação e que o setor privado “assume maior expressão na educação pré-escolar, com 53% das crianças inscritas”.