A China impôs esta quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo, sanções comerciais a Taiwan, numa aparente resposta à visita da líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos a Taipé.
Pequim proibiu a importação de citrinos, rebentos de bambu congelados e dois tipos de peixe, bem como a exportação de areia para a ilha.
Após um encontro, Nancy Pelosi, cuja visita à ilha desencadeou a indignação de Pequim, garantiu que Washington não vai abandonar Taipé, enquanto a presidente de Taiwan assegurou que a ilha vai manter-se firme face à ameaça militar chinesa.
Durante uma passagem pelo parlamento de Taiwan, a líder do Congresso dos EUA reiterou o apoio norte-americano à ilha, destacou as ligações bilaterais e classificou-a como “umas das sociedades mais livres do mundo”.
Um total de 21 aviões militares chineses entraram na Zona de Identificação da Defesa Aérea de Taiwan na terça-feira, informou o Ministério da Defesa da ilha em comunicado.
Pelosi é a mais importante responsável norte-americana a visitar a ilha em 25 anos. A China, que considera Taiwan parte do seu território, chamou à visita uma grande provocação e ameaçou os Estados Unidos de retaliação.
Os Estados Unidos já disseram estarem "preparados" para uma resposta da China.
A Rússia diz encarar como "provocação" esta visita de Pelosi a Taiwan e acusa os Estados Unidos de “desestabilizar o mundo” ao escolher o caminho do confronto e defende que a China tem o direito de tomar as medidas necessárias para proteger a soberania.
Também Coreia do Norte, Cuba e Venezuela repudiaram a visita da líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos a Taiwan e expressaram apoio total à China.