A União Europeia (UE) formulou um acordo entre os seus Estados-membros para estabelecer regras de como lidar com a chegada exponencial de migrantes ao Velho Continente.
As novas regras vão permitir uma aceleração do processo de acolhimento. A UE quer também facilitar a deslocação destes migrantes entre países do espaço europeu.
O acordo vai permitir desbloquear mais ajuda financeira para lidar com a questão das migrações e para a transferência de pessoas.
As negociações vão agora avançar para clarificar pormenores, em debate no Parlamento Europeu.
Itália votou a favor, depois de ter manifestado algumas reservas anteriormente. Polónia e Hungria votaram contra, enquanto Áustria, Chéquia e a Eslováquia abstiveram-se. A restante maioria votou a favor
A ministra alemã dos Negócios Estrangeiros celebrou o que descreve como "um passo em frente para a solidariedade entre Estados-membros em altura de crise".
Travessias irregulares aumentam 18%
Um total de 232.350 pessoas atravessaram irregularmente as fronteiras da União Europeia entre janeiro e agosto, mais 18% do que no período homólogo, e o Mediterrâneo mantém-se a principal rota, revelou a Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira (Frontex).
De acordo com um boletim da Frontex divulgado esta quarta-feira, o Mediterrâneo Central continua a ser a principal rota migratória e aumentou 96% em comparação com os primeiros oito meses do ano passado (11.625 tentativas de atravessar irregularmente as fronteiras de países da UE).
Já a região do Mediterrâneo Ocidental registou um aumento de 14% em comparação com 2022 (9.447). Apesar do maior número de tentativas de entrada irregular, com 70.548, houve uma redução de 19% nas travessias pela região dos Balcãs Ocidentais.