O Presidente francês, Emmanuel Macron, pediu esta quarta-feira uma trégua humanitária no enclave de Ghouta Oriental, na Síria.
O objetivo das tréguas é permitir a retirada de civis, depois de as forças governamentais terem voltado a bombardear aquele bastião rebelde, nos arredores de Damasco.
“A França condena, de forma clara e vigorosa, o que está a acontecer em Ghouta Oriental”, declarou Emmanuel Macron numa conferência conjunta com o Presidente da Libéria, George Weah.
Pelo menos 310 pessoas foram mortas no enclave de Ghouta desde domingo, avança o Observatório para os Direitos Humanos na Síria.
Os bombardeamentos dos últimos dias provocaram 1.550 feridos, segundo a mesma organização não-governamental.
Cerca de 400 mil pessoas estão cercadas há vários anos no bastião rebelde de Ghouta pelos forças leais ao regime do Presidente Bashar al-Assad.
Os bombardeamentos têm aumentado nos últimos tempos naquela zona densamente povoada.
"Estamos perante o massacre do século XXI", disse às agências internacionais um dos médicos do leste de Ghouta. "Se o massacre da década de 1990 foi Srebrenica e os massacres da década de 1980 foram Halabja e Sabra e Shatila, então o leste de Ghouta é o massacre deste século e está a acontecer agora", considera o clínico.
[notícia corrigida às 17h55 - Ghouta Oriental e não Ghouta Ocidental]