José Fernando Rio assumiu a candidatura à presidência do FC Porto e a decisão é elogiada por Avelino Oliveira, signatário de uma lista candidata ao Conselho Superior do clube. Pinto da Costa ainda não anunciou se é candidato, mas é previsível que se apresente a eleições em abril para um 15.º mandato à frente dos dragões.
Em entrevista à Renascença, Avelino Oliveira considera que "o debate que vai emergir de uma alternativa será positivo". "Há muito tempo que não tínhamos alternativa", observa. Desde que assumiu a presidência, em 1982, Pinto da Costa teve apenas um opositor, Martins Soares, em 1988 e 1991.
O sócio portista reforça a importância de se debater o clube, sem que haja algo contra o presidente atual: "Falar de Pinto de Costa, é falar de um ídolo de todos nós, falar de José Fernando Rio é falar de um sócio muito querido, é uma pessoa que tem muita proximidade desta lista, e vemos como positiva essa discussão".
Os números que preocupam
José Fernando Rio assumiu a candidatura na altura em que foi conhecido o Relatório e Contas consolidado do primeiro semestre. O relatório confirma um resultado negativo de quase 52 milhões de euros. Trata-se de um prejuízo recorde que obrigará a um grande esforço nas vendas para o FC Porto não voltar a infringir o "fair-play" financeiro da UEFA. As contas preocupam, no entendimento de Avelino Oliveira.
"As contas são sempre preocupantes e os dados são sempre preocupantes. A evolução que tem acontecido ao nível da contas não é muito animadora, julgamos que é preciso uma mudança de espírito, e o próximo mandato tem de estar preocupado no renascimento do Porto ao nível financeiro", acrescenta.
Candidatura ao Conselho Superior
Avelino Oliveira é signatário de uma lista que concorre ao Conselho Superior liderada por Miguel Brás da Cunha, e explica que esta candidatura sirge assente em "três eixos fundamentais: pretensão de um FC Porto insubmisso (...), um Porto eclético e um Porto triunfante".
"Somos candidatos a um órgão consultivo, que é um órgão que existe para representar a voz e o sentir dos adeptos junto dos órgãos sociais, algo que temos capacidade de o fazer", conclui.