No Livre já se coloca a hipótese de votar contra na votação final global do Orçamento do Estado.
Na apresentação das moções no segundo dia do IX congresso do partido, o número dois do partido por Lisboa – e que seria o substituto de Joacine Katar Moreira caso esta renuncie ao mandato de deputada – defendeu um voto contra na votação final global do Orçamento do Estado. Para Carlos Teixeira, falta defesa da ecologia no texto do governo.
“Alguém tem de ser a voz dos que querem uma mudança de paradigma hoje, não no amanhã utópico. Alguém tem de ter a coragem de dizer […] que alguns aumentos no salário mínimo não bastam para aprovar um Orçamento do Estado”, defendeu o membro do partido, que entende que “o risco da destruição da mais importante área protegida europeia para a avifauna junto a Lisboa […] não vale um aeroporto”. “Mas pode bem valer um voto contra no Orçamento do Estado”, acrescentou o número dois do Livre por Lisboa.
As declarações de Carlos Teixeira acontecem no segundo e último dia de congresso do Livre, a decorrer em Lisboa. Apresentadas as moções, segue-se o período de discussão e eleição dos novos órgãos de direção do partido.
Será a direção que sair da votação de hoje que vai decidir o futuro da relação entre o partido e a sua única deputada, Joacine Katar Moreira. A deputada e o partido estão em rota de colisão, tendo estado em cima da mesa este fim-de-semana a hipótese de retirar a confiança política à deputada.
Em votação, e por uma margem de dois votos, o partido decidiu entregar essa decisão à nova direção.