Os Estados Unidos aprovaram um pacote de sanções à Rússia na sequência da acusação de interferência de Moscovo nas eleições presidenciais norte-americanas.
Para além disso, a Administração Obama decidiu expulsar 35 diplomatas russos e encerrou duas instalações russas em Maryland e Nova Iorque, onde estavam, alegadamente, a ser realizas actividades secretas por parte de elementos ligados à Rússia. Os diplomatas russos têm 72 horas para abandonar os Estados Unidos.
O Presidente Barack Obama refere que haverá "novas e variadas sanções", sem as especificar, que serão divulgadas e entrarão em vigor quando os Estados Unidos entenderem.
Barack Obama, que já tinha deixado a ameaça de avançar com sanções contra a Rússia depois de os serviços secretos norte-americanos terem alegadamente confirmado que a Rússia interferiu no acto eleitoral norte-americano através de ataques informáticos para beneficiar Donald Trump.
Obama considera que agir contra a Rússia é a "resposta necessária e apropriada aos esforços tidos para prejudicar os interesses norte-americanos e em violação das normas internacionais de comportamento". O Presidente não tem dúvidas: "este ataque informático só pode ter sido dirigido por altas figuras da administração russa" e promete que o FBI e o Ministério da Segurança Interna vão divulgar provas da interferência russa, incluindo um relatório ao Congresso.
O líder norte-americano reforçou ainda que os diplomatas norte-americanos na Rússia têm sofrido um "nível inaceitável de assédio por parte dos serviços de segurança e da polícia" no último ano e pede aos aliados para estarem juntos e preparados para a política russa que está a tentar minar normas internacionais.
Na primeira reacção, o presidente do Comité de Relações Internacionais da Câmara Alta na Rússia já disse que esta decisão norte-americana é o "último suspiro de um cadáver político", referindo-se ao facto de o mandato de Barack Obama estar prestes a terminar.
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