O ministro da Administração Interna afirmou esta terça-feira que os bombeiros voluntários foram a componente numericamente mais significativa no incêndio de Vila de Rei e Mação, provando que o voluntariado é competente, qualificado e responde de forma adequada às circunstâncias.
"Os bombeiros voluntários foram a componente numericamente mais significativa [no incêndio]. Tivemos aqui bombeiros de Beja ao Porto, além dos locais, e mais de 20 grupos de reforço, provando que o voluntariado é um voluntariado competente e verdadeiramente qualificado, que responde de forma adequada nestas circunstâncias", afirmou Eduardo Cabrita.
O governante, que falava aos jornalistas depois de visitar o posto de comando da Sertã, no distrito de Castelo Branco, sublinhou também a presença, no combate ao incêndio que começou no sábado em Vila de Rei e que depois alastrou a Mação, já no distrito de Santarém, a presença das estruturas profissionais, quer dos bombeiros da Proteção Civil, quer a presença das Forças Armadas, destacando o papel logístico do Exército.
"O incêndio de Vila Rei que depois se projetou para Mação percorreu nas primeiras 12 horas 21 quilómetros, com uma frente muito estreita, que se alongou ao longo de 21 quilómetros com uma violência e intensidade que não permitiam uma forma de defesa que não fosse esta: garantir a segurança das populações e salvaguardar que, com todos os meios disponíveis se conseguisse o que foi realizado em 70 horas, quando estavam a ocorrer já outras ocorrências significativas no país", sublinhou.
Eduardo Cabrita disse que ainda se está numa fase de prevenção e de vigilância, em que não há nenhuma redução dos meios que estão no terreno até que se considere verdadeiramente seguro determinar a sua desmobilização.
O incêndio que deflagrou no sábado em Vila de Rei, distrito de Castelo Branco, e que se propagou ao concelho de Mação, já em Santarém, ficou hoje dominado.
Governo destaca Sertã e Vila de Rei pela declaração de emergência municipal
O Governo sublinhou hoje que as câmaras da Sertã e de Vila de Rei declararam de imediato a situação de emergência municipal, no âmbito do incêndio que deflagrou no sábado, e realçou que quem não o fez responderá perante as populações. "Respeito a posição quer da Sertã, quer de Vila de Rei que, de imediato, declararam a situação de emergência municipal. Quem não o fez responderá perante as populações", afirmou o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita.
O ministro, que falava aos jornalistas após uma visita que fez durante a tarde aos postos de comando situados em Cardigos (Mação), Vila de Rei e Sertã, na sequência do incêndio que começou no sábado em Vila de Rei, distrito de Castelo Branco, e que depois alastrou a Mação, já no distrito de Santarém, lembrou que os presidentes de câmara são os primeiros coordenadores e responsáveis pela Proteção Civil nos seus concelhos.
Questionado sobre a aprovação, apenas hoje, do novo Plano Municipal de Emergência de Mação, o ministro explicou que foram aprovados 20. "A emergência municipal poderia ter sido declarada [em Mação]. Este [novo plano] é uma atualização. Houve dois presidentes de câmara que muito bem, muito bem, declararam de imediato a emergência municipal. As populações ajuizarão quem não o fez", reforçou.
Eduardo Cabrita disse ter um "grande respeito" por quem faz comentários toldado pela pressão das circunstâncias e adiantou que respeita a autonomia local. "Entendi não fazer declarações durante o tempo do incêndio. Não me viram a fazer nenhuma declaração durante os incêndios pelo respeito pelas populações e por aqueles que estão a arriscar a sua vida a defender as populações. Vamos tirar lições para o futuro", sustentou.