Inflação sobe para 9,1% em julho. É a mais alta desde 1992
10-08-2022 - 11:17
 • Lusa

A confirmação é feita pelo Instituto Nacional de Estatística, segundo o qual as rendas das casas subiram 2,7%.

A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 9,1%, em julho, taxa superior em 0,4 pontos percentuais à observada no mês anterior e a mais elevada desde novembro de 1992, confirma o INE.

"A variação homóloga do IPC foi 9,1% em julho de 2022, taxa superior em 0,4 p.p. [pontos percentuais] à registada no mês anterior e a mais elevada desde novembro de 1992", informou o Instituto Nacional de Estatística (INE), confirmando, assim, os valores que tinha avançado na estimativa rápida divulgada em 29 de julho.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) também acelerou, registando uma variação de 6,2% (6% em junho).

Rendas das casas sobem 2,7% em julho

As rendas das casas por metro quadrado aumentaram 2,7%, em julho, face ao mesmo mês de 2021, mantendo o valor registado em junho e com todas as regiões a apresentarem crescimentos homólogos.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística, "todas as regiões apresentaram variações homólogas positivas das rendas de habitação, tendo Lisboa e o Algarve registado os aumentos mais intensos (3,0% e 2,7%, respetivamente)".

Quanto ao valor médio das rendas de habitação por metro quadrado, registou uma subida mensal de 0,3%, acima dos 0,2% do mês anterior.

As regiões com a variação mensal positiva mais elevada foram Lisboa, Açores e Alentejo, todas com taxas de 0,3%, não se tendo observado qualquer região com variação negativa do respetivo valor médio das rendas de habitação.

Taxa de desemprego desce para 5,7%

A taxa de desemprego recuou para 5,7% no segundo trimestre, valor inferior em 0,2 pontos percentuais à do trimestre anterior e em 1,0 pontos percentuais à do trimestre homólogo de 2021.

Entre abril e junho, a população desempregada, estimada em 298,8 mil pessoas, diminuiu 3,1% (9,6 mil) em relação ao trimestre anterior e recuou 13,6% (46,9 mil) face ao trimestre homólogo.

A população empregada foi estimada em quase 4,908 milhões de pessoas e manteve-se "praticamente inalterada em relação ao trimestre anterior" e subiu 1,9% (91,3 mil) relativamente ao mesmo período de 2021.