O secretário-geral do Sindicato dos trabalhadores da Aviação e Aeroportos considera que ainda é preciso fazer muito para que a TAP consiga fechar o ano com contas mais equilibradas.
No terceiro trimestre, a companhia aérea teve 111 milhões de euros de lucros, mas para Paulo Duarte era o mínimo que seria de esperar num período que por norma é forte nas companhias aéreas.
“Não ter resultados operacionais positivos neste trimestre era mesmo o fim até porque eles têm escrito no plano de reestruturação o valor máximo de prejuízo este ano, salvo erro, são 70 milhões. Neste momento está em 98”, diz.
No entender do sindicalista, a TAP “vai ter que trabalhar bem no último trimestre”, destacando que “o mês de outubro foi bom, o novembro é fraco”, por isso, tudo “vai depender muito do final do Natal e passagem de ano que costumam ser alturas boas”.
“Preocupa-me muito e que há injeções do Estado e ficamos com dívida, quer dizer, aquele cenário de pôr tudo a zeros e começarmos de novo, parece-me difícil de conseguir”, lamenta.
A TAP teve um prejuízo de 91 milhões de euros nos nove primeiros meses do ano, de acordo com as contas apresentadas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Face a 2019, houve uma melhoria de 121 milhões de euros.
A companhia amealhou receitas entre julho e setembro. Segundo as contas apresentadas, no terceiro trimestre registaram-se lucros de 111,3 milhões de euros - uma melhoria de 182,8% face aos prejuízos de 134,5 milhões de euros registados em igual período de 2021.
“A TAP está a confirmar a solidez do seu desempenho no terceiro trimestre, com todas as métricas financeiras acima dos níveis pré-crise, apesar do aumento dos custos de combustível. A procura para o quarto trimestre mantém-se bastante forte, suportando as expectativas de um bom resultado acumulado até final do ano”, refere a CEO Christine Ourmières-Widener.