O selecionador Francisco Neto gostaria que o profissionalismo no futebol feminino “avançasse mais rapidamente”, mas também reconhece “que as coisas têm de ser feitas no contexto certo, porque isto não é só injetar dinheiro”.
“Tem de haver uma estrutura por trás. O profissionalismo não vai só pelo contrato. Esse crescimento está a ser feito, está a ser pensado. Cada vez mais temos jogadoras nessas condições [de profissionalismo], mas também é nossa obrigação preparar jogadoras para serem profissionais e para outro tipo de situações”, referiu.
Por exemplo, “queremos que todas as nossas jogadoras tenham uma carreira sustentável no términus da sua carreira e isso é essencial: dar-lhes condições de profissionalização, mas também dar lhes condições para continuar no pós-carreira”.
Presente na Conferência Bola Branca sobre “Talento, Ética e Igualdade no Desporto”, Francisco Neto lembra que “há nove anos a ideia de poder ser profissional no futebol era exclusivamente no estrangeiro. Felizmente agora temos essa possibilidade em Portugal”.
A liga lusa tem neste momento quatro equipas profissionais: Benfica, Sporting, Sp. Braga e Famalicão.
A equipa das quinas conseguiu um inédito apuramento para o Mundial, que vai realizar-se na Austrália e na Nova Zelândia, já depois de dois apuramentos para Europeus.
Francisco Neto diz que este apuramento “é um tributo a todas aquelas gerações que tinham muita qualidade, mas não tinham as mesmas condições que esta geração tem”. “Esta geração está a semear para as gerações futuras”, acrescentou o selecionador.