Quotas de refugiados aprovadas contra vontade de alguns países
23-09-2015 - 13:18
 • Ana Rodrigues

​Apesar da oposição de quatro países, o sistema de quotas para o acolhimento de refugiados vai mesmo para a frente. Os ministros do Interior tomaram a decisão que vai aliviar a pressão sobre a Itália e a Grécia.

Os ministros do Interior da União Europeia aprovaram o sistema de quotas para o acolhimento de refugiados, apesar da oposição de quatro países. A decisão vai aliviar a pressão sobre a Itália e a Grécia.

O “Jornal de Negócios” escreve que com a “nova decisão 160 mil refugiados serão relocalizados. Votação foi aprovada pela maioria dos estados membros mas nem todos concordaram. Alguns queixaram-se de violação de soberania nacional”.

Sobre a aprovação as quotas, o “I” refere que “voto por maioria e não por consenso obriga República Checa, Roménia e Eslováquia a acolher migrantes”. outro destaque: ”UE aprova quotas contra vontade de quatro países”.

O “Diário Económico” dá também conta da reunião dos ministros europeus do Interior, referindo que “avançaram para uma decisão por maioria qualificada sobre as quotas de refugiados. Hoje os líderes reúnem-se para debater a questão”. Segundo este jornal “apesar de terem votado contra a decisão, os quatro países de leste da União Europeia terão de se submeter às quotas de refugiados que lhes foram atribuídas”.

No “Diário de Noticias”, este tema é também destaque, com o jornal a escrever que “União Europeia aprova plano sobre refugiados. Portugal acolherá 4.500 em dois anos”. Refere ainda que “quem recusar refugiados sem justificação, paga mais para o orçamento da União Europeia”.

Sobre o mesmo tema, o “Jornal de Noticias” refere que “Portugal aceitará até cinco mil refugiados”. O jornal acrescenta que “a decisão permite realojar, de forma quase imediata,66 mil pessoas que se encontram em campos de refugiados na Grécia e em Itália”.

No “Público” é o relatório da OCDE que surge em destaque. Escreve este jornal que “ mais de 100 mil portugueses deixaram o país em dois anos”, acrescentando que “ embora a sua quota esteja a crescer as mulheres representam apenas um terço de todos os emigrantes”. São dados do relatório perspectivas das migrações Internacionais - 2015 divulgado ontem pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento e Económico.

O “The Guardian” dá conta das posições ontem manifestadas pela ministra da interior britânica. O jornal refere que Theresa May “apelou à Europa para manter a tarefa de fazer a distinção entre aqueles que fogem da guerra atravessando o mediterrâneo, e aqueles que procuram instalar-se na Europa por razões económicas”.

O “The Financial Times” escreve hoje que “o recurso ao voto por maioria é visto como politicamente inaceitável em algumas capitais da europa e é certo que vai ampliar tensões em torno da crise dos migrantes”.

Já o “Irish Time” escreve em, titulo que “todos os refugiados querem ser da Síria”. Adianta este jornal que nas fronteiras europeias “os sírios são vistos como aqueles que mais hipóteses têm de conseguir entrada na Europa”.