A comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) toma posse na terça-feira, pelas 17h00, foi decidido esta quarta-feira em conferência de líderes parlamentares.
PSD e CDS-PP mostraram-se satisfeitos com o avançar dos trabalhos da comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD), sublinhando que esta não enfraquece o banco público, antes "fortalece" o mesmo.
"A comissão parlamentar de inquérito não enfraquece a CGD, fortalece a confiança que os portugueses e as empresas têm no banco público, que tem como principal tarefa assegurar a confiança dos portugueses no sistema financeiro" e garantir acesso das empresas a financiamento, sublinhou o líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro.
O deputado falava no Parlamento, acompanhado pelo líder da bancada do CDS-PP, Nuno Magalhães, depois de definido em conferência de líderes que a comissão parlamentar de inquérito à CGD toma posse na terça-feira, pelas 17h00.
A comissão – potestativa e viabilizada por deputados do PSD e CDS-PP – vai ter um "objecto muito abrangente", sublinhou Luís Montenegro, dando como exemplo a procura de detalhes sobre as "origens das necessidades de financiamento" da entidade.
A comissão de inquérito poderá também servir para o Governo dar a "informação transparente aos portugueses" em torno do montante necessário para recapitalizar a Caixa, vincou o líder da bancada social-democrata.
Já o centrista Nuno Magalhães sublinha que este tema tem sido muito discutido "fora do parlamento" e chega agora onde deve ser "institucionalmente" debatido, ao nível da comissão de inquérito.
"[A Caixa] Deixará de ser discutida em conferências de imprensa marcadas para uma hora e meia antes de um jogo de futebol e passará a ser discutida pelos deputados da Assembleia da República", prosseguiu o deputado do CDS-PP.
Cabe ao PSD indicar o presidente da comissão de inquérito, mas Luís Montenegro escusou-se esta quarta-feira a dizer quem será o parlamentar em causa, remetendo a divulgação do nome para breve.