Veja também:
- Os últimos números da pandemia em Portugal e no mundo
- Todas as notícias sobre a pandemia de Covid-19
- Guias e explicadores: as suas dúvidas esclarecidas
- Boletins Covid-19: gráficos, balanços e outros números
A Itália registou 31.084 infeções com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, o maior aumento detetado durante a pandemia, e 199 pessoas morreram no mesmo período, anunciou esta sexta-feira o Ministério da Saúde.
Trata-se de um aumento sem precedentes de casos que coincide com o maior número de testes de diagnóstico realizados, 215.085, quando em Itália já foram infetadas 647.674 pessoas desde o início da crise sanitária, em meados de fevereiro.
A morte de 199 pessoas desde quinta-feira segue em linha com a tendência da semana passada e aumenta o saldo de óbitos para 38.321.
Atualmente, estão ativos 325.786 casos com a Covid-19, dos quais a grande maioria está em casa com sintomas leves ou nenhum sintoma.
No entanto, a pressão sobre os hospitais continua a crescer, e preocupa as autoridades: hoje estão 18.740 doentes internados (mais 1.125 que no dia anterior) e 1.746 necessitando de cuidados intensivos (mais 95).
A região mais afetada continua a ser a Lombardia, com 8.960 novos casos, a maior parte na capital, Milão, sendo esta uma das áreas onde devem ser aplicadas novas medidas restritivas para combater a pandemia.
Em seguida, vem a Campânia (sul), com 3.186 novos casos, e, no norte, Veneto (3.012) e Piemonte (2.719), todos também sob a atenção das autoridades.
Tudo parece indicar que a Itália caminha para um cenário em que medidas como confinamentos leves e circunscritos a certas cidades ou regiões não estão descartadas, embora até ao momento não haja anúncios oficiais.
O Governo ainda aguarda a avaliação dos efeitos do último decreto do passado domingo, com o qual encerrou teatros, cinemas, salas de espetáculos, ginásios e piscinas e limitou a abertura de bares e restaurantes até às 18:00.
Embora o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, sempre tenha defendido evitar um novo confinamento total, os meios de comunicação social antecipam que, se a tendência não mudar, medidas como as que estão a ser aplicadas na Alemanha e em França poderão ser tomadas até ao final da próxima semana.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 45,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.