O diretor do Autódromo Internacional do Algarve garante na Renascença que não está preocupado com o aviso da DORNA e promete mudanças a tempo para o circuito de Portimão.
A entidade organizadora do mundial de MotoGP, pela voz do CEO Carmelo Ezpeleta, não deixou espaço para dúvidas: “A menos que o estado das escapatórias de gravilha seja mudado por completo, não temos um evento de MotoGP no próximo ano. Isso é claro”.
Em declarações a Bola Branca, Paulo Pinheiro relativiza. “Se há Grande Prémio ou não, não sei, agora, que a gravilha vai ser mudada – se estiver no relatório, que nós ainda não recebemos – como é óbvio não será essa que iremos não fazer”.
O diretor do Autódromo considera que “normal” a reação da DORNA “a alguns pilotos que se manifestaram sobre isso. Nada de extraordinário sobre isso”.
A pista é homologada pela Federação Internacional do Motociclismo (FIM), que está a par dos problemas. O presidente da FIM, o português Jorge Viegas, garante que o aviso da DORNA é para levar a sério.
“Nós somos implacáveis quanto às questões de segurança. Os responsáveis pelo Autódromo Internacional do Algarve sabem bem o que têm que fazer. Todos os anos há melhoramentos a fazer. Esta questão da gravilha já há muito tempo que vem sendo falada e que nós insistimos para mudar o calhau”, refere.
O presidente da Federação Internacional do Motociclismo acrescenta: “Quem faz a homologação do circuito somos nós. Se não estiver tudo em condições perfeitas de segurança não há grande prémio”.
Jorge Viegas explica, em detalhe, o que deve ser melhorado. “Se o calhau que se põe nas escapatórias for de um diâmetro muito grande, quando as motos saem não se enterram. E a ideia é que as motos fiquem presas”, refere.
Ainda assim, o presidente da Federação Internacional confia na realização do GP de Portimão em 2024 após as “obras necessárias”.
Vários pilotos queixaram-se da gravilha ao longo do fim de semana, nomeadamente Pecco Bagnaia. O acidente de Pol Espargaró deixou dúvidas quanto à condição da escapatória.