O Estudo de Impacto Ambiental que analisa o prolongamento da rede de metro de Lisboa entre o Rato e o Cais do Sodré, apresentado esta sexta-feira, conclui que o projeto vai melhorar a oferta daquela transporte público, reduzindo o tempo de espera dos utentes.
O documento, noticiado em primeira mão pelo "Jornal de Negócios" e que vai estar em consulta pública até 22 de agosto, refere que os tempos médios de espera “irão ser inferiores em todos os casos, exceto na linha vermelha, no período de ponta da manhã”.
“A redução do tempo de espera “pode chegar no período de ponta da manhã aos 53 segundos e no corpo do dia a um minuto e 27 segundos (o que equivale a um terço do tempo atual)”, refere o jornal, citando o estudo.
Na linha verde circular, os tempos de percurso entre as estações já existentes “irão reduzir um pouco, dado que o comboio irá circular com uma velocidade máxima de 60 km/hora, em vez da atual velocidade de 45 km/hora”, acrescenta.
O Negócios escreve ainda que o intervalo entre comboios a circular na futura linha será de 3 minutos e 50 segundos, “dimensionado de acordo com a carga estimada para o troço mais carregado da rede, Entrecampos-Campo Pequeno, no período de ponta da manhã, em vez de 5 minutos e segundos na linha que faz parte deste troço”, explica o Estudo de Impacto Ambiental (EIA).
“Também o intervalo estimado ente comboios na linha azul, com o acréscimo estimado de procura na rede, “reduzirá de 5 minutos e 45 segundos para 4 minutos, n período de ponta da manhã”, escreve o Negócios.
Já na linha vermelha, “haverá uma pequena redução do intervalo entre comboios no corpo do dia”, acrescenta.
Na futura linha amarela, esse intervalo “reduzirá 50 segundos no período da manhã, sendo também no corpo do dia ‘muito beneficiado’”, acrescenta.
De acordo com o EIA, da população global da área metropolitana de Lisboa potencialmente abrangida pela alteração do metro, um total de 402.493 pessoas, 47,2% pertence ao grupo que apresenta um ganho de frequência e diminuição de transbordos, 47,2% ao grupo que apresenta um ganho de frequência e opções de entrada e 5,6% ao grupo que apresenta um ganho de frequência em paralelo com o aumento de transbordos.
O mesmo documento aponta que o número de utentes poderá aumentar em quase 9 milhões face aos utentes atualmente existentes.