O Ministério Público não concorda com a decisão do tribunal de não levar a SAD do Benfica a tribunal no caso e-toupeira e, por isso vai recorrer do caso.
De acordo com a edição online do semanário "Expresso", que cita fonte policial, o procurador Valter Alves vai pedir ao Tribunal da Relação de Lisboa que aprecie o recurso.
Na decisão instrutória, a juíza Ana Peres considerou que a SAD do Benfica não cometeu nenhum dos 30 crimes de que era acusada: falsidade informática, corrupção ativa e oferta ou recebimento de vantagem indevida. Deste modo, não se esperam quaisquer consequências desportivas.
De acordo com a juíza, os indícios de corrupção eram "vagos e imprecisos" e que a SAD encarnada não estava obrigado a vigiar os atos do seu assessor jurídico Paulo Gonçalves, que será julgado por corrupção.
O antigo assessor jurídico da SAD do Benfica está acusado de 29 crimes: um de corrupção ativa, seis de violação de segredo de justiça, 11 de acesso indevido a informação e 11 de violação do dever de sigilo.
Já José Silva, oficial de justiça, responderá por 26 crimes: um de corrupção passiva, seis de violação do segredo de justiça, nove de acesso indevido a informação, nove de violação do dever de sigilo e um de peculato.
Júlio Loureiro, oficial de justiça, foi também ilibado de todos os 58 crimes que era imputado, nomeadamente o crime de corrupção passiva.
O Ministério Público tinha pedido que o processo "e-toupeira" seguisse para julgamento, reiterando que o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, tinha conhecimento das ações de Paulo Gonçalves.