“Nazizinho”. Foi desta maneira que a campeã olímpica Rosa Mota classificou o líder do PSD e candidato a primeiro-ministro, Rui Rio.
Rosa Mota falava esta sexta-feira de manhã numa ação de campanha de António Costa para as eleições legislativas.
Falando em Montes Claros, em Lisboa, num encontro que a organização da caravana do PS descreveu como sendo com independentes, a atleta não poupou nas palavras ao falar do que o líder do PSD fez como autarca no Porto.
“Eu realmente não percebo como é que as pessoas não conseguem ver o que se tentou destruir naquela cidade. A [companhia de teatro] Seiva Trupe… E também aquela parte dele que - ia dizer uma palavra, mas é feia, não se pode -, ele é que manda, é um nazizinho e o resto põe de lado”, disse Rosa Mota numa conversa com apoiantes do primeiro-ministro e líder do PS, António Costa.
Rosa Mota falava esta manhã numa ação de campanha do PS em Lisboa, onde garantiu o apoio a António Costa.
Neste encontro em Lisboa, António Costa discutiu com 15 personalidades independentes – que afirmaram todas que vão votar no secretário-geral do PS – temas como a cultura, o desporto, a investigação ou o ensino superior.
"Rio trucidou a cultura"
O escritor Valter Hugo Mãe também deixou críticas a Rui Rio, que acusou de ter “trucidado a cultura”, e afirmou que, quando Costa foi para o Governo em 2015, o “seu sorriso sereno, mas seguro, mudou radicalmente o clima em Portugal”.
“Há uma primavera que tinge o discurso de António Costa, uma positividade que vem dessa segurança de ser capaz de nos transmitir confiança que mudou completamente a atmosfera em que nós vivíamos. Tínhamos estado debaixo de um Governo que nos culpava a nós, cidadãos, (…) de tudo, de todas as desgraças e que, por isso, não tinha limites em nos punir”, disse.
Continuando com as críticas à direita, Valter Hugo Mãe, que vive atualmente no Porto, abordou o percurso do atual líder social-democrata, Rui Rio, enquanto presidente da câmara municipal da cidade invicta, entre 2002 e 2013.
Segundo o escritor, atravessou-se um “inverno cultural” na cidade durante o mandato de Rui Rio, “que trucidou, rasurou toda a cultura do Porto”, falando da saída da companhia de teatro Seiva Trupe do Porto para Vila Nova de Gaia para exemplificar que “praticamente tudo se suspendeu”.
“Eu não consigo imaginar como é que o país não viu isso, como é que continua não conseguir ver o que se passa no Porto, ainda que o Porto tenha uns belos quilómetros quadrados, porque se tivessem visto isso, não poderiam jamais propor que uma coisa dessas acontecesse ao nível do país inteiro”, salientou.
“Que seria a resposta de um Passos Coelho?"
A atriz Maria do Céu Guerra frisou que, durante a resposta à pandemia, não queria pensar no “que seria a resposta de um Passos Coelho, de um PSD, o que seria o desconcerto e o desespero das pessoas ao sentirem-se não amadas, não respeitadas”.
A atriz sublinhou que, durante a pandemia, quando começou a contactar a ministra da Cultura, Graça Fonseca, percebeu que havia uma “vontade de perceber o que é que se passava no setor do teatro”, com a “intermitência, com a não qualificação profissional” ou com a “ligação da escola às artes”.
“Fico muito contente que isto tenha acontecido num Governo de António Costa”, afirmou, com o também primeiro-ministro a responder que, infelizmente, não pode dizer o mesmo, perante as gargalhadas do painel.