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A França voltou esta quinta-feira a ficar em sobressalto com um tiroteio mortal nos Campos Elísios, uma das zonas mais emblemáticas da cidade de Paris, a três dias das eleições presidenciais.
Um polícia morreu e outros dois agentes ficaram feridos com gravidade, avança o Ministério do Interior.
Os terroristas do autoproclamado Estado Islâmico reivindicaram o ataque numa mensagem publicada no site de propaganda jihadista Amaq.
A reivindicação foi conhecida minutos depois de uma declaração ao país do Presidente francês. François Hollande disse que as investigações iniciais apontam para uma acção terrorista e convocou uma reunião do conselho de segurança para sexta-feira.
Hollande garante que haverá "vigilância absoluta" nos dias que faltam até à primeira volta das eleições que vão escolher o próximo Presidente do país.
Na sexta-feira, o governo decidiu reforçar a segurança nas ruas, com 50 mil agentes e militares.
O ataque nos Campos Elísios terá sido levado por um atacante que saiu de uma viatura, dirigiu-se a uma carrinha da polícia e abriu fogo com com uma metralhadora kalashnikov.
Este homem foi abatido pelas autoridades.
A seguir ao ataque, os Campos Elísios foram encerrados pelas forças de segurança e o aparato policial nas ruas de Paris era enorme.
Alegadamente, foi registada uma segunda troca de tiros ainda na zona dos Campos Elísios.
A polícia francesa realizou buscas em casa do atirador abatido. Já na sexta-feira, fonte oficial revelou que foram detidos três familiares do homem.
Testemunhas no local do tiroteio aludiram à existência de um segundo atacante que terá fugido para um parque de estacionamento. Na sexta-feira de manhã, as autoridades francesas e belga procuravam o segundo suspeito que depois entregou-se à polícia, em Antuérpia (Bélgica).
O tiroteio aconteceu três dias antes das eleições presidenciais em França, que estão agendadas para domingo, dia 23. Os candidatos Marine le Pen e François Fillon já anunciaram o cancelamento das acções de campanha previstas para sábado.
Na sexta-feira de manhã, numa declaração ao país, Marine Le Pen pediu o fecho das mesquitas e a expulsão dos estrangeiros sinalizados pelos serviços de segurança.
[notícia actualizada às 11h26 de sexta-feira]