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A AD ultrapassa o PS, mas em situação de empate técnico, indica a sondagem ICS/ISCTE para a SIC e para o Expresso divulgada esta quinta-feira.
Além de uma alteração na liderança face à última sondagem do mesmo instituto e, a par de uma descida de vários partidos, mostra um aumento dos indecisos no início da campanha eleitoral para as legislativas de 10 de março. Já na Sondagem das Sondagens da Renascença, pouco muda: apesar de o PS recuperar algumas décimas, a AD continua destacada na frente.
A sondagem do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS) e do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa dá a vitória à Aliança Democrática, com 21% das intenções de voto - um ganho de dois pontos percentuais face à sondagem divulgada a 1 de fevereiro.
Já o Partido Socialista recolhe 20% das intenções, com o partido liderado por Pedro Nuno Santos a perder três pontos face à anterior sondagem ICS/ISCTE.
Como a margem de erro máxima deste estudo de opinião é de 3,25%, há um empate técnico claro.
O terceiro valor mais alto é o de indecisos: são 18% dos inquiridos, mais dois pontos do que no último inquérito. O número de indecisos tem estado consistentemente acima dos 15% nas mais recentes sondagens. A sondagem CESOP/UCP desta quarta-feira contava 20% de indecisos.
Quem perde tantos pontos como o PS nesta sondagem é o Chega, que fica agora nos 12%. A Iniciativa Liberal perde um ponto, acumulando 2% das intenções de voto.
Bloco de Esquerda (3%), CDU (2%) e PAN (1%) não sofrem qualquer alteração relativamente à anterior sondagem. Já o Livre volta a ganhar numa sondagem, subindo aos 2% das intenções de voto.
A nova sondagem ICS/ISCTE foi realizada entre os dias 17 e 25 de fevereiro. Tem uma amostra de 803 inquiridos.
E com indecisos?
Com a distribuição de indecisos, AD (31%) e PS (30%) continuam separados por um ponto. O Chega fica com 17% - o que representa uma queda de 4 pontos -, o BE tem 5%, a IL tem 4%, a CDU tem 3%, e o Livre e o PAN têm 2% cada.
Um detalhe interessante é que 73% dos indecisos apurados nesta sondagem dizem ter a certeza de votar nas legislativas de 10 de março.
Este estudo aponta, como outros, que é mais provável a existência de uma maioria de direita após as eleições. Mas o tamanho da maioria é menor em 4 pontos face à sondagem lançada no início de fevereiro.
Poucas mudanças na Sondagem das Sondagens
A sondagem publicada esta quarta-feira pelo "Público" e "RTP" teve um efeito digno de nota no agregador da Renascença: acabou com o empate técnico que durava há um mês e colocou a AD com mais de três pontos de vantagem.
A proximidade entre AD e PS na sondagem publicada esta quinta não é suficiente para alterar essa situação. As datas do trabalho de campo carregam parte da culpa por isso: com trabalho de campo entre 17 e 25 de fevereiro, esta sondagem foi colocada na Sondagem das Sondagens com a data de 21 de fevereiro - ou seja, anterior à sondagem de quarta e às duas vagas da sondagem diária TVI/CNN Portugal.
Se a AD não sofre qualquer alteração, o PS ganha 0,2 pontos e sobe para 27,8%.
A maior alteração devido a esta nova sondagem é da IL, que perde cinco décimas e passa para 5,3%. A CDU (2,3%) sobe apenas 0,1 pontos.
As alterações ficam por aí. Chega (18,1%), BE (4,5%), Livre (3,5%) e PAN (1,3%) não sofrem qualquer alteração na estimativa atual com esta sondagem.