Um jovem de 21 anos que acabou recentemente o curso de Direito foi contratado para ser adjunto da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, sem ter qualquer experiência profissional.
Tiago Alberto Cunha vai ganhar cerca de quatro mil euros brutos por mês.
Segundo a nota biográfica publicada em Diário da República, Tiago acabou o curso de Direito no ano passado, na Universidade do Porto, e este ano ingressou no mestrado na Universidade de Lisboa, na mesma área.
Nas últimas autárquicas foi candidato à Assembleia Municipal de Vila Nova de Gaia pelo Partido Socialista, não tendo no entanto sido eleito. Ocupava o 32.º lugar da lista.
Entre 2020 e 2021, o agora adjunto de Mariana Vieira da Silva foi secretário-geral do Conselho Nacional de Estudantes de Direito (CNED).
Faz também parte da Assmblei de Freguesia de Vilar de Andorinho, em Vila Nova de Gaia.
Escolha baseou-se na "adequação do perfil", não na filiação partidária
Na reação a esta polémica, o gabinete da ministra da Presidência assegura que a contratação de Tiago Cunha baseou-se "na adequação do perfil do nomeado à natureza das funções do gabinete" e que "a filiação partidária no Partido Socialista nunca foi critério de recrutamento".
Segundo avança o Jornal de Notícias, fonte oficial do Ministério da Presidência esclarece que a lei que rege os gabinetes do Governo "confere discricionariedade aos membros do Governo relativamente às nomeações para os seus gabinetes".
Portanto, não há nada na lei que impeça a contratação de pessoas da confiança política dos ministros para os respetivos gabinetes.
[notícia atualizada às 20h25]