O antigo Presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou, esta segunda-feira, que abandonou Damasco, em direção à Rússia a partir da base de Hmeimim, na noite de 8 de dezembro, quando a cidade foi alvo de ataques de drones.
Este comentário foi publicado no canal Telegram da presidência síria, com data de 16 de dezembro, e foi o primeiro de Assad desde que foi deposto, há mais de uma semana, pela ofensiva rebelde.
Segundo a agência de notícias russa TASS, Assad não considerou "em momento algum" sair do país.
Através do Facebook, o antigo Presidente sírio assegurou que a sua intenção era ficar em Damasco e lutar, mas os russos fizeram-no abandonar a Síria.
"A minha partida da Síria não foi planeada nem ocorreu durante as últimas horas das batalhas", explica.
"Moscovo pediu uma evacuação imediata para a Rússia na noite de domingo, 8 de dezembro", declarou Assad.
"Quando o Estado cai nas mãos do terrorismo, e se perde a capacidade de dar uma contribuição significativa, qualquer posição torna-se vazia de propósito", argumenta o Presidente deposto.
No dia 8 de dezembro de 2024, os rebeldes sírios tomaram Damasco, o que levou Assad a abandonar o país, pondo fim a mais de 50 anos de domínio da família Assad.
A guerra civil síria começou a 15 de março de 2011, quando a repressão de protestos populares espoletou uma revolta armada.