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O ministro do Planeamento e das Infra-estruturas anunciou este sábado, em Castanheira de Pera, que a recuperação de dois terços das casas de primeira habitação afectadas pelos incêndios de Pedrógão Grande e Góis vão avançar de imediato.
"As obras até cinco mil euros, e são várias, vão avançar de imediato. As famílias têm de apresentar os documentos de candidatura – que podem ser apresentados posteriormente, para não ficarem à espera – um orçamento e a factura de execução, que será comparticipada a 100%", disse Pedro Marques, no final de uma reunião com os presidentes dos sete municípios afectados.
As 205 intervenções em casas de primeira habitação dos sete concelhos atingidos (Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Penela, Góis, Pampilhosa da Serra e Sertã) estão identificadas, avançou ainda o ministro. Dois terços respeitam a obras de recuperação que não ultrapassam os 5.000 euros.
Fundo REVITA com gestão até quinta-feira
O fundo de apoio às populações e áreas afectadas pelos incêndios de Pedrógão foi oficialmente lançado este sábado, mas publicado em Diário da República na sexta-feira para vigorar no dia seguinte. A nomeação do conselho de gestão deverá acontecer até quinta-feira.
Os donativos destinam-se, segundo o diploma, "prioritariamente" ao apoio às populações afectadas pelos incêndios, sendo empregues "nomeadamente em reconstrução ou reabilitação de habitações, apetrechamento das habitações (designadamente mobiliário, electrodomésticos e utensílios domésticos).
O fundo também apoia outras necessidades, desde que devidamente identificadas e que não estejam cobertas por "medidas de política pública, em vigor ou de carácter extraordinário, dirigidas às áreas e populações afectadas pelos incêndios".
Os donativos podem ser afectos aos municípios nos quais ocorreram os incêndios "quando estes assumam junto dos beneficiários finais as responsabilidade pela concretização dos fins e objectivos" a que se destina o fundo.
O conselho de gestão do fundo será constituído por um representante do Instituto da Segurança Social, um outro designado pelas três Câmaras com áreas ardidas e um representante designado pelas instituições particulares de solidariedade social e associações humanitárias. O controlo será do Inspecção-geral de Finanças.
S. Carlos homenageia as vítimas
O Coro do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) interpreta esta noite, a partir das 21h00, o “Requiem” de Gabriel Fauré, em memória das vítimas dos incêndios.
A igreja matriz de Pedrógão Grande recebe o espectáculo.
Pela mesma hora (21h00), mas em Lisboa, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, sob direcção da sua maestrina titular, Joana Carneiro, "dedica o concerto às populações dos três concelhos" no âmbito do Festival Ao Largo.
O concerto no Festival Ao Largo conta com a participação do pianista Pedro Costa, vencedor do Concurso de Interpretação do XV Festival do Estoril de 2013, e o programa é composto por peças de Joly Braga Santos (Abertura Sinfónica n.º 3), de Leonard Bernstein ("Symphonic Dances") e de Maurice Ravel (Concerto para Piano em Sol Maior).
"O Teatro Nacional de São Carlos une-se sentidamente ao país, na sequência da tragédia que se abateu sobre a região de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra e, através dos seus agrupamentos artísticos residentes, presta tributo às vítimas dos incêndios", lê-se no comunicado.
Em Pedrógão Grande, o Coro do TNSC actua sob direcção do seu maestro titular, Giovanni Andreoli, sendo solistas a soprano Angélica Neto e o barítono Carlos Pedro Santos. Ao piano estará Kodo Yamagishi.