Marcelo feliz com a eleição para a ONU: “Guterres é de facto excepcional”
05-10-2016 - 17:19

António Guterres ganhou a sexta votação no Conselho de Segurança e não obteve qualquer veto por parte dos cinco membros permanentes (EUA, China, Rússia, França e Grã-Bretanha).

Veja também:


O Presidente da República reagiu com satisfação à eleição, dada como adquirida, de António Guterres para secretário-geral das Nações Unidas.

“António Guterres é, de facto, excepcional. Ele é excepcional”, afirma, adiantando que já felicitou o candidato e ex-primeiro-ministro português.

“Isto é muito bom para as Nações Unidas, mas é muito bom para Portugal. É muito bom para as Nações Unidas, porque é o melhor que é eleito e nós muitas vezes temos a sensação de que, a nível internacional, por causa dos equilíbrios, dos pesos e contrapesos, nem sempre é o melhor a ser escolhido. Aqui é o melhor a ser escolhido”, diz com convicção.

“E que coincidência no 5 de Outubro! Não podia haver melhor notícia para a democracia e para Portugal”, acrescentou.

“Tudo o que prestigia Portugal lá fora é importante para Portugal”, porque “o país passa a ser ainda mais conhecido e respeitado na cena internacional”, diz ainda o Presidente, para quem a vitória desta quarta-feira “é também uma vitória da transparência na vida política internacional”.

“Ganhou uma pessoa que entrou na corrida no início e correu-a toda até ao fim. Quando há uma maratona, é para ganhar a pessoa que corre a maratona toda e não apenas parte dela”.

Marcelo Rebelo de Sousa destaca ainda a “vocação muito especial” que Portugal teve, ao longo da sua história, “para ser uma plataforma entre culturas, civilizações e continentes. Isso foi agora reconhecido”.

“Não tínhamos anticorpos. A votação do senhor engenheiro António Guterres demonstrou isto: que, no momento decisivo, ninguém estava contra ele, reconhecendo o seu mérito e, de alguma maneira, a posição de Portugal no mundo, que é de diálogo e de fazer pontes”, conclui.

No final da votação no Conselho de Segurança, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Powell, explicou aos jornalistas: "As pessoas queriam unir-se em volta de uma pessoa que impressionou ao longo de todo o processo e impressionou a vários níveis de serviço".