O Ministério da Defesa vai abrir "um novo processo urgente de averiguações" a um possível caso de "práticas violentas em atividades de formação" do Exército.
Esta sexta-feira, o "Diário de Notícias" dá conta de processos disciplinares instaurados pelo Exército a três militares envolvidos nas agressões à militar em formação no Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME), incluindo a própria queixosa.
""De acordo com o que foi apurado pelo Exército até ao momento, tratou-se de um desentendimento entre duas militares em formação no RAME, com alegadas agressões físicas e verbais, ocorrido entre os dias 28 e 29 de novembro, envolvendo uma Soldado-graduado, do 8.º Curso de Formação Geral Comum de Praças do Exército 2022, e uma Soldado-graduado do 7.º Curso de Formação Geral Comum de Praças do Exército", refere fonte oficial do gabinete do Chefe de Estado-Maior do Exército (CEME), citada pelo "Diário de Notícias".
Já esta noite, em comunicado, a ministra da Defesa afirma que tomou conhecimento deste processo "com grande preocupação" e refere que as práticas podem ter sido "muito mais graves do que as que constavam do processo de averiguações e processos disciplinares já em curso pelo Exército naquela unidade militar".
"A ministra da Defesa Nacional repudia veementemente comportamentos atentatórios da dignidade das pessoas, que são totalmente inaceitáveis e incompatíveis com os valores e princípios fundamentais que norteiam as Forças Armadas e o trabalho quotidiano dos militares que nelas servem", lê-se, na nota enviada à comunicação social.
O Governo garante que a ministra da Defesa acompanhará o processo que "de cujas conclusões serão retiradas todas as consequências".