Pedro Proença garante que "não se repetirá" um caso de suspeita de tráfico humano enquanto for presidente da Liga de Clubes, depois do alegado envolvimento de Mário Costa, ex-presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga, num esquema de tráfico de seres humanos.
Num discurso de abertura no arranque de uma assembleia da Liga, o dirigente explica que "é um caso de polícia" e garante que nenhum membro da direção conhecia a academia BSports.
"Para que não restem dúvidas sobre o que já tive oportunidade de dizer nos últimos dias, o Presidente, os Restantes Presidentes dos Órgãos Sociais, a Direção, a Direção Executiva e nenhum colaborador da Liga Portugal sabiam da existência da academia BSports e da sua alegada relação com ex-Presidente da Mesa da Assembleia Geral”, disse, citado pela Liga.
O dirigente acredita que o processo que levou à saída de Mário Costa, por renúncia, foi rápido.
"O Dr. Mário Costa teria de renunciar, de imediato, ao cargo de Presidente da Mesa da Assembleia Geral. E essa foi, desde a manhã daquela segunda-feira, a minha única preocupação. Tentei, ao longo dos dois dias seguintes, por todos os meios ao meu alcance, sensibilizar o Dr. Mário Costa para o facto de a sua renúncia imediata ser a única forma de defender os interesses, a reputação e a credibilidade da Liga Portugal", atira.
No entanto, perante "a demora na tomada pública de uma posição, agendei uma reunião de urgência com os presidentes dos três órgãos sociais da Liga".
"Uma reunião em que, como sabem porque disso informei todos os Clubes, estávamos – eu e os presidentes do Conselho Jurisdicional e do Conselho Fiscal – alinhados em renunciarmos aos nossos mandatos caso o Dr. Mário Costa não renunciasse de imediato. E foi assim que, apenas 48 horas depois das primeiras notícias, o Dr. Mário Costa renunciou ao cargo de presidente da Mesa da Assembleia Geral”, assumiu.
Pedro Proença anunciou ainda que consultou e mandatou juristas para interpor ações judiciais a Mário Costa e a todas outras e quaisquer entidades que venham a ser responsabilizadas, por danos reputacionais causados à Liga Portugal ou por omissão de informações relevantes prestadas sob compromisso de honra.
Para além disso, a Liga solicitou que seja constituída assistente em todos os processos relacionados com este caso, avançou com um processo contra a BSports por utilização indevida de uma denominação patenteada pela Liga Portugal e solicitou uma auditoria forense a uma entidade externa, cujas conclusões nos permitirão identificar responsabilidades legais, criminais e patrimoniais que resultem desse relatório.