Costa exige saber já o que correu mal em Pedrógão Grande
20-06-2017 - 12:50

O primeiro-ministro pede esclarecimentos urgentes sobre três questões essenciais que poderão ter influenciado decisivamente o evoluir dos acontecimentos no incêndio de Pedrógão Grande.

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O primeiro-ministro pediu esclarecimentos urgentes sobre o funcionamento da rede de SIRESP no incêndio de Pedrógão Grande e sobre os motivos da ausência de encerramento da estrada nacional 236-I, onde ocorreu um elevado número de mortes.

No despacho assinado na segunda-feira por António Costa e a que a agência Lusa teve acesso, são pedidos esclarecimentos sobre três das circunstâncias por apurar em relação às consequências trágicas do incêndio de Pedrógão Grande.

O chefe do Governo quer saber se "houve no local circunstâncias meteorológicas e dinâmicas geofísicas invulgares que possam explicar a dimensão e intensidade da tragédia, em especial no número de vítimas humanas, sem paralelo nas ocorrências de incêndios florestais, infelizmente tão frequentes em Portugal".

SIRESP esteve interrompido?

Pergunta também António Costa se é possível confirmar a informação de que houve interrupção do funcionamento da rede SIRESP (Rede Nacional de Emergência e Segurança).

Em concreto, Costa quer saber "porquê, durante quanto tempo, se não funcionaram as suas próprias redundâncias e que impacto teve no planeamento, comando e execução das operações, como se estabeleceram ligações alternativas".

Finalmente, o primeiro-ministro deixa a interrogação sobre a razão pela qual "não foi encerrada ao trânsito a Estrada Nacional (EN 236-I), foi esta via indicada pelas autoridades como alternativa ao IC 8 já encerrado e foram adoptadas medidas de segurança à circulação nesta via".

Para um rápido esclarecimento destas questões, António Costa determina que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a Autoridade Nacional de Protecção Civil e a Guarda Nacional Republicana respondam, respectivamente, a estas três questões, "sem prejuízo da avaliação global que terá lugar no termo das operações ainda em curso”.