Eurobarómetro. Portugueses mais preocupados com impacto da guerra do que média na UE
12-01-2023 - 07:45
 • Lusa

A percentagem de cidadãos nacionais preocupados com esta possibilidade é em dez pontos percentuais maior do que a média europeia. Apenas 7% dos inquiridos dizem-se despreocupados com uma possível disseminação do conflito a outros territórios.

Os portugueses estão mais preocupados do que a média europeia com as consequências da guerra na Ucrânia, nomeadamente o aumento do custo de vida e a possibilidade de propagação do conflito a outros países, revela o Eurobarómetro.

De acordo com o último Eurobarómetro, divulgado esta quinta-feira e que inquiriu 1.028 cidadãos portugueses de um total de 26.431 cidadãos de Estados-membros da União Europeia (UE), 91% dos portugueses estão "preocupados" com a possibilidade de propagação a outros países da guerra que começou em 24 de fevereiro do ano passado na Ucrânia.

A percentagem de cidadãos nacionais preocupados com esta possibilidade é em dez pontos percentuais maior do que a média europeia. Apenas 7% dos inquiridos dizem-se despreocupados com uma possível disseminação do conflito a outros territórios.

Os portugueses entre os 40 e os 54 anos são os que estão mais preocupados com a hipótese de o conflito ucraniano alastrar (96%). A faixa etária entre os 25 e os 39 anos é a que revela a percentagem mais baixa, ainda assim está próxima dos 90%.

Entre a população jovem, os portugueses com 15 anos na altura em que foi feito este Eurobarómetro são os mais preocupados com o cenário de a guerra propagar-se a outros países (95%).

Ainda com a guerra na Ucrânia como pano de fundo, o relatório demonstra que 98% dos portugueses inquiridos estão preocupados com as consequências socioeconómicas decorrentes do conflito, nomeadamente o aumento do custo de vida, por exemplo no aumento do preço dos produtos alimentares e da energia.

A média europeia neste parâmetro é de 93%.

A totalidade dos inquiridos nacionais que estão a trabalhar por conta de outrem ou que são empresários responderam com preocupação à possibilidade de as condições de vida se deteriorarem por causa da guerra.

A sondagem revela que 98% dos portugueses têm dificuldades em pagar contas quase todos os meses.