O Presidente da Ucrânia reconhece que a batalha em Severodonetsk está a ser “brutal e uma das mais difíceis da guerra”.
Volodymyr Zelenskiy diz, na sua habitual mensagem diária ao país, que é ali que “grande parte o destino do Donbass está a ser decidido”.
Já o governador da região de Lugansk confirma que as forças de Moscovo “controlam grande parte de Severodonetsk”.
Entretanto, o Presidente polaco apontou o dedo aos líderes da França e da Alemanha, fazendo referência aos seus telefonemas ao Presidente russo, ironizando que será o mesmo que conversar com Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial, revela o jornal alemão "Bild".
Tanto o chanceler alemão, Olaf Scholz, como o Presidente francês, Emmanuel Macron, mantiveram conversações telefónicas com Vladimir Putin desde o início da guerra.
Andrzej Duda, numa entrevista ao jornal alemão (publicada pela primeira vez no seu canal YouTube na quarta-feira), disse que tais discussões só legitimam uma guerra ilegal na Ucrânia.
"Alguém falou assim com Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial?", questionou. "Alguém disse que Adolf Hitler tinha de salvar a imagem? Que devíamos proceder de tal forma que não fosse humilhante para Adolf Hitler?”, insistiu.
Esta quinta-feira ficou a saber-se que dois britânicos e um marroquino, capturados durante a guerra na Ucrânia, foram condenados à morte por um tribunal pró-russo.
Aiden Aslin, Shaun Pinner e Saaudun Brahim foram presentes a tribunal na República de Donetsk, uma região pró-russa, cuja independência não foi reconhecida internacionalmente.
Os três foram capturados quando estavam ao serviço das forças armadas ucranianas e são acusados de serem “mercenários” e de estarem a levar a cabo “atividades terroristas”.
O advogado dos detidos já disse, à agência Tass, que vai recorrer da sentença.
Preocupado com o eternizar da guerra, o secretário-geral da ONU alertou que a guerra pode desencadear uma onda sem precedentes de fome e miséria e causar um caos social e económico.
O problema até ao momento é a falta de acesso a bens alimentares, sublinha António Guterres, mas no próximo ano pode ser a falta desses bens.
Na visão de Guterres, “as pessoas e os países vulneráveis já estão a ser duramente atingidos”, advertindo que “nenhum país ou comunidade ficará intocado por esta crise de custo de vida”.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de quase 15 milhões de pessoas de suas casas, mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,9 milhões para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas.