São 12 os drones comprados no último ano para vigilância de incêndios, mas a Esquadra 991 da Força Aérea não tem equipas para os operar a todos.
Em resposta à Renascença ,o Ministério da Defesa afirma que “há seis equipas de tripulantes em operação, que até final deste ano está planeada a constituição de mais equipas” e que cada equipa tem “cinco elementos”. Os drones são operados em equipa e tal como a tripulação de uma aeronave apenas tripulam um drone de cada vez.
Conclui-se por isso que há equipas seis drones em simultaneo, mas não para os 12 drones comprados em 2021, caso fosse necessário fazer uso total destes equipamentos que representaram um investimento de 4,5 milhões de euros.
Esta manhã na comissão de Defesa, na Assembleia da República, a ministra Helena Carreiras, em resposta a questões dos deputados, explicava que “só podem operar três drones em simultâneo”, admitindo que “não estão todos operacionais”.
Helena Carreiras explicava que “há uma alteração da disponibilidade dos drones, ainda na semana anterior tínhamos sete”. Situação que terá sido pouco provável ter acontecido uma vez que não há equipas para esse total de aparelhos.
Segundo a governante “a média de drones em operação tem sido cinco por semana. É uma capacidade que estamos a edificar”, explicou.
Reconheceu a existência de “problemas relacionados com o número de horas de voo, relacionados com questões meteorológicas, disponibilidade de tripulantes de operação que estavam a ser formados e indisponibilidade de aeronaves por causa de incidentes. Apesar de tudo, voaram um número superior de horas este ano, relativamente ao ano passado”.
Os dados agora divulgados à Renascença mostram que relativamente a missões de vigilância aos incêndios, em 2020 realizaram 395 horas de voo; em 2021 realizaram 578 horas de voo.