Muro, refugiados e protestos. A primeira semana de Trump em vídeos
28-01-2017 - 12:03

O novo Presidente dos Estados Unidos iniciou o mandato a cumprir algumas das suas promessas mais polémicas. No seu esforço para "Make America Great Again", deu início ao fim do Obamacare, rasgou um tratado comercial, decretou a construção de um muro na fronteira com o México, fechou a porta aos cidadãos de alguns países muçulmanos e foi alvo de protestos nos EUA e um pouco por todo o mundo.

20 de Janeiro

Durante a tomada de posse, em Washington, Donald Trump reafirmou os princípios que delinearam a sua campanha como candidato republicano. Atacou os políticos de Washington e prometeu devolver o poder ao povo. O novo lema da liderança dos EUA, resumiu, terá duas "regras simples: comprar americano, contratar americano", disse Trump durante o discurso inaugural.

Enquanto na zona do Capitólio, em Washigton, decorriam as cerimónias de tomada de posse de Donald Trump, na baixa da cidade decorriam alguns protestos anti-Trump. A polícia de Washington fez várias detenções (pelo menos 217, segundo a CNN).

Poucas horas depois da tomada de posse, assinou uma ordem executiva que marcou o início do fim do “Obamacare”, cumprindo uma das grandes promessas da sua campanha. Este “Affordable Care Act” garantiu seguros de saúde a cerca de 20 milhões de pessoas pobres e foi uma das bandeiras do anterior Presidente Barack Obama. Donald Trump congelou o “Obamacare” e promete criar um sistema melhor. Mas ainda não avançou qualquer alternativa.

22 de Janeiro

Milhares de pessoas encheram avenidas e praças por todo o mundo, de Londres a Sidney, para protestar contra Donald Trump. As manifestações também foram de solidariedade para com os protestos em Washignton. No evento principal, a "Marcha das Mulheres sobre Washington", a organização registou uma afluência de cerca de meio milhão de pessoas.

23 de Janeiro

Sean Spice, o porta-voz do Presidente, negou realidades evidentes em relação à adesão popular à cerimónia de tomada de posse e a conselheira Kellyanne Conway falou de “factos alternativos”. Trump atacou os média na sede da CIA e culpou-os por aquilo que ele disse. Os principais jornais reforçam escrutínio à Casa Branca. O correspondente da Renascença em Nova Iorque, José Alberto Lemos, explicou toda a polémica.

Além do braço-de-ferro com os jornalistas, Trump retirou os Estados Unidos do Tratado Transpacífico de Comércio Livre (TPP, na sigla inglesa), revogando um acordo que fazia parte do legado de Obama.

No mesmo dia, assinou uma ordem presidencial que proíbe o financiamento estatal de organizações não-governamentais que realizem ou promovam o aborto no estrangeiro.

25 de Janeiro

Trump assinou o decreto que deu luz verde à construção do muro na fronteira com o México. O novo líder norte-americano acredita que pode "incrementar as relações entre os nossos dois países, até um nível nunca antes visto". "Acredito que a nossa relação com o México vai melhorar", afirmou Trump.

Um grupo de activistas da organização ambientalista Greenpeace subiu a uma grua colocada a poucos quarteirões da Casa Branca em protesto contra a administração Trump. Os activistas penduraram uma faixa com a palavra "Resist".

26 de Janeiro

O Presidente do México, Enrique Peña Nieto, lamentou a decisão de Donald Trump de avançar com a construção do muro e garantiu que "o México não pagará por qualquer muro." Peña Nieto cancelou os planos de se encontrar com Donald Trump na próxima semana.

27 de Janeiro

Theresa May, primeira-ministra britânica, foi a primeira visita de um líder estrangeiro à Casa Branca de Trump. "A nossa relação nunca foi tão forte", disse Donald Trump no final do encontro. Ambos os países dizem estar 100% comprometidos com a NATO e mostram vontade de trabalhar num acordo de comércio bilateral.Trump voltou a elogiar o Brexit e a "boa"relação dos Estados Unidos com o México.

28 de Janeiro

O último decreto que Donald Trump assinou antes do fim da sua primeira semana como Presidente dos EUA, foi uma medida para suspender durante quatro meses a entrada no país de refugiados sírios e de outros seis países maioritariamente muçulmanos: Irão, Iraque, Somália, Sudão, Líbia e Iémen.