O Presidente da República anunciou esta quarta-feira que vai reunir o Conselho de Estado para analisar a situação política e socioeconómica do país, depois das audiências com os partidos em Belém sobre o Orçamento do Estado para 2023.
À margem de uma aula na Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa, antigo liceu que frequentou, Marcelo Rebelo de Sousa anunciou que vai auscultar os conselheiros de Estado sobre o situação socioeconómico que o país está a viver e o que é possível esperar sobre o futuro.
Sem referir uma data em concreto, o chefe de Estado referiu que a reunião do Conselho de Estado vai ser depois das audiências no Palácio de Belém com PS, PSD, Chega, Iniciativa Liberal, PCP, BE, PAN e Livre sobre o Orçamento do Estado para 2023.
Durante as duas horas de aula que deu aos estudantes naquela escola, o Presidente da República anunciou que vai fazer uma auscultação sobre o que é que os partidos querem ver vertido na política orçamental do próximo ano depois da visita de cinco dias que vai fazer à costa ocidental dos Estados Unidos da América, para contactar com as comunidades portuguesas que vivem naquela parte do país.
A anterior reunião do Conselho de Estado foi no final de junho, na altura com a participação, como convidado, de John Kerry, enviado especial do Presidente dos Estado Unidos da América para o clima. O tema da última reunião foram as alterações climáticas e a transição energética à luz da realidade geopolítica espoletada pela guerra na Ucrânia.
Agora o conflito continua como pano de fundo, mas é o impacto que o aumento da inflação teve nos bolsos dos portugueses que vai estar no centro da discussão.
Além do Presidente da República, compõem o Conselho de Estado o primeiro-ministro em funções, António Costa, o presidente do Tribunal Constitucional, a Provedora de Justiça, os presidentes dos governos regionais da Madeira e dos Açores, os antigos chefes de Estado Cavaco Silva e Ramalho Eanes.
O Presidente também designou António Lobo Xavier, António Damásio, Lídia Jorge, Luís Marques Mendes e Leonor Beleza como conselheiros de Estado durante a vigência do seu mandato, e o parlamento elegeu Carlos César, Francisco Pinto Balsemão, Manuel Alegre, Sampaio da Nóvoa e Miguel Cadilhe até ao final da legislatura.