Francisco Assis aponta que o PSD "favorece entendimento com o Chega" e não com os socialistas.
À saída da sede nacional do PS, depois da reunião da Comissão Política Nacional, o dirigente quis lembrar que a Aliança Democrática "ganhou as eleições com menos de 30% dos votos".
Por isso, entende que "quem tem responsabilidade para criar condições de governabilidade é o PSD, não é o PS".
"Não tem maioria absoluta, o país não lhe concedeu um mandato para aplicar integralmente o seu programa de Governo. Eles é que têm de criar condições", diz.
Francisco Assis critica mesmo o PSD por, até agora, "não ter havido um único sinal" de Montenegro para fazer acordos com o PS.
"O PS é um partido que não recebe lições de responsabilidade de ninguém, que não se pode deixar chantagear por ninguém. É um partido que está na oposição e a vocação de um partido de oposição é ser alternativa", defende.
Na terça-feira, à saída de uma audiência com o Presidente da República, Pedro Nuno Santos manifestou-se disponível para viabilizar um orçamento retificativo da AD que vise valorizar as grelhas salariais dos professores, profissionais de saúde, oficiais de justiça e forças de segurança até ao verão.
Em resposta, Luís Montenegro disse ter registado “com satisfação o sentido de responsabilidade” de Pedro Nuno Santos, mas escusou-se a responder se está disponível para negociar uma viabilização de um eventual orçamento retificativo.