O diretor nacional da PSP defendeu esta quarta-feira o reforço do equipamento dos polícias que integram os carros de patrulha e equipas de intervenção rápida, uma vez que são os primeiros a sentir os efeitos da violência dos crimes.
"Após o fim do confinamento temos assistido a uma preocupante tendência para o aumento da intensidade da violência usada para praticar crimes violentos, especialmente com recurso a armas brancas e de fogo. Assistimos igualmente a uma preocupante tendência para o desrespeito e hostilidade relativamente a intervenções legais e legítimas dos polícias", disse Magina da Silva, na cerimónia do dia do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (Cometlis), que decorreu na Amadora.
Nesse sentido, considerou que é necessário "reforçar a primeira linha de intervenção, especialmente equipando devidamente os polícias que integram os carros de patrulha e as equipas de intervenção rápida porque são eles os primeiros a sofrer o embate da intensidade da criminalidade".
Para tal, sustentou, a PSP deposita "grande esperança" no diploma de programação de infraestruturas e equipamentos das forças e serviços de segurança para os anos de 2022 a 2026.
Também o comandante do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Paulo Pereira, aproveitou a cerimónia para pedir mais veículos operacionais e meios que permitam uma manutenção dos carros que "correspondam às necessidades e exigências" do Cometlis.
"Precisamos de soluções ajustadas para manter a sua capacidade e autonomia logística e uma operacionalidade dos veículos que, por vezes, fica afetada em cerca de 40%", disse.
Segundo Paulo Pereira, em média o Cometlis recebe 14 mil pedidos por mês referentes a solicitações, o que "leva obviamente ao acionamento de carros de patrulha para as mais diversas situações e algumas delas demoram horas para a sua resolução".
O comandante do Cometlis afirmou ainda que é necessário "reforçar a capacidade de resposta com mais meios humanos no terreno".
Também presente na cerimónia, o ministro da Administração Interna referiu que a Lei de Programação de Infraestruturas e Equipamentos das Forças e Serviços de Segurança, que este ano inicia um novo ciclo de investimento, vai permitir a realização de vários investimentos para a PSP, nomeadamente no distrito de Lisboa.
"A nova lei de Programação permite, entretanto, lançar já a empreitada de requalificação da Esquadra de trânsito da PSP em Caxias, no valor de 600.000 euros, a construção de um paiol para reforçar a segurança dos explosivos à guarda do Departamento de Armas e Explosivos da PSP, no valor de 250.000 euros, e a requalificação do edifício em Lisboa que irá receber, entre outras valências, o Departamento de Segurança Privada, cuja empreitada está a ser lançada no valor de 2,8 milhões de euros", disse.
O ministro avançou também que está já concluído o processo relativo à construção, de raiz, da Divisão Policial da PSP em Odivelas, devendo ser lançada a empreitada, no valor de 10 milhões de euros, no decurso do próximo ano.
"Temos em fase de elaboração vários projetos de execução, de que destaco a reabilitação da Divisão Policial de Loures e a reabilitação e ampliação da Divisão Policial da Amadora, ambos num investimento que se estima será superior a dois milhões de euros", afirmou.