Uma dúzia de cidadãos russos foram indiciados esta sexta-feira nos Estados Unidos por suspeitas de acesso ilegal aos sistemas informáticos do Partido Democrata durante a campanha para as presidenciais de 2016, que deram a vitória a Donald Trump.
Os 12 alegados espiões foram formalmente acusados no âmbito da investigação que o conselheiro especial Robert Mueller está a liderar há mais de um ano para apurar se a Rússia se imiscuiu no processo eleitoral norte-americano.
O anúncio foi feito esta tarde pelo vice-procurador-geral dos EUA, Rod Rosenstein, em conferência de imprensa e surge em vésperas da primeira cimeira formal entre Donald Trump e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, um encontro que está marcado para a próxima segunda-feira, dia 16 de julho, em Helsínquia, capital da Finlância.
As acusações, apontam os media norte-americanos, foram interpostas por Mueller e anunciadas à mesma hora em que Trump estava a ser recebido pela Rainha de Inglaterra no âmbito da sua viagem oficial a Inglaterra, uma que já teve a sua quota-parte de polémicas desde que o Presidente dos EUA aterrou em Londres na quinta-feira à noite, depois de uma cimeira da NATO não menos controversa.
"A internet permite que adversários estrangeiros ataquem a América de formas novas e inesperadas", declarou Rosenstein aos jornalistas esta tarde. Lamentando o que classifica como "guerra partidária" nos EUA por causa dos inquéritos à Rússia, o vice responsável pela Justiça acrescentou: "A culpa da interferência eleitoral é dos criminosos que interferiram nas eleições."