A Justiça de São Paulo decidiu que o espetáculo de stand-up "Perturbador" do humorista Leo Lins seja removido das plataformas digitais.

Leo Lins também foi impedido judicialmente de sair da cidade de São Paulo por mais de dez dias.

Entre outros, o Youtube foi um dos sites que já removeu o espetáculo.

O espetáculo de stand-up continha humor negro sobre pessoas com deficiência, pessoas idosas e escravidão.

Segundo a ordem judicial, o comediante está proibido de "manter, transmitir, publicar, divulgar, distribuir, encaminhar ou realizar download de quaisquer arquivos de vídeo, imagem ou texto, com conteúdo depreciativo ou humilhante a qualquer categoria considerada minoria ou vulnerável".

Caso não cumpra uma das indicações da ordem judicial, Leo Lins terá de pagar 10 mil reais, cerca de 1.800 euros, por cada dia de incumprimento.

A defesa do humorista vê o caso como um ato de censura, uma visão partilhada pelo também humorista Fábio Porchat, que criticou a decisão judicial.

"Isso aqui é uma vergonha! Inaceitável", escreveu, no Twitter.