A Justiça israelita retomará na segunda-feira o julgamento por alegada corrupção do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, suspenso, como todos os casos considerados não-urgentes, pela guerra desencadeada a 7 de outubro pelo ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em Israel.
Na sequência desse ataque, o ministro da Justiça, Yariv Levin, decretou uma paragem quase total do sistema judicial, mas ordenou agora que a maioria dos tribunais retomasse a atividade normal a partir de sexta-feira.
No caso de Netanyahu, a próxima audiência será na segunda-feira no Tribunal Distrital de Jerusalém, noticiou o diário The Times of Israel.
Netanyahu está indiciado em três processos por uma série de crimes, entre os quais fraude e aceitação de subornos, mas ele sempre afirmou que se trata de perseguição política e conseguiu, de facto, voltar ao poder para um sexto mandato com os processos já abertos, em finais de 2022.
No Governo, promoveu uma reforma do sistema judicial que, segundo a oposição, afetará a independência do poder judicial, implicando um maior controlo político dos tribunais.
Tal reforma levou milhares de pessoas a sair à rua em protesto, mas também essas manifestações foram suspensas pelo ataque de 7 de outubro em território israelita e pela guerra desde então em curso na Faixa de Gaza.