A polícia húngara divulgou esta quinta-feira imagens e mais pormenores da detenção de Rui Pinto, o "hacker" português que é suspeito do roubo de correspondência privada do Benfica, no âmbito do "caso dos e-mails".
Em comunicado no site oficial, a polícia da Hungria informa que os investigadores do quartel-general de Budapeste capturaram um cidadão português de 30 anos, às 16h00 de quarta-feira, no sétimo distrito de Budapeste. A detenção foi feita um dia depois de as autoridades portuguesas emitirem um Mandado de Detenção Europeu. A polícia húngara também apreendeu objetos suspeitos na posse do indivíduo.
Ao que a Renascença entretanto apurou, Rui Pinto deverá ainda esta quinta-feira - o mais tardar sexta-feira - ser presente a um juiz de um Tribunal de Budapeste, que irá decidir se autoriza, ou não, o pedido de extradição feito pela Justiça portuguesa.
Se o juiz aceitar a extradição, ela acontecerá muito rapidamente. Caso coloque reservas, então o processo poderá demorar mais tempo. Serão talvez precisas algumas semanas até que Rui Pinto viaje para Portugal.
Na quarta-feira, a Polícia Judiciária portuguesa anunciou que tinha sido "concretizada a detenção de um cidadão nacional de 30 anos de idade, sobre quem impendia Mandado de Detenção Europeu" e suspeito dos crimes de extorsão qualificada na forma tentada, acesso ilegítimo, ofensa a pessoa coletiva e violação de segredo a várias organizações.
O suspeito será Rui Pinto, nome revelado pela primeira vez pelo "Football Leaks", que revelou vários dados pessoais do alegado "hacker".
Em conferência de imprensa, Carlos Cabreiro, porta-voz da PJ e diretor da unidade de combate ao ciber-crime, recusou ligar Rui Pinto, cujo nome não mencionou, ao "caso dos e-mails" do Benfica. "A extensão dos crimes e eventuais co-autorias ainda estamos a apurar. É um alvo que a PJ já tinha detetado e que está implicado no roubo de dados, mas é prematuro ligá-lo a qualquer alvo concreto", frisou.
[notícia atualizada às 12h20]