Espanha poderá ir a eleições ainda em abril, depois de o Governo do PSOE ter visto chumbado no Parlamento o orçamento do Estado para 2019, esta quarta-feira.
Os socialistas ocupam menos de um quarto dos assentos no parlamento espanhol e precisavam de apoios dos pequenos partidos regionais, incluindo os catalães, para que a o orçamento fosse aprovado.
Contudo, insatisfeitos com a recusa do governo em considerar ou discutir um referendo sobre a independência da Catalunha, os deputados catalães votaram contra, ao lado dos partidos de centro-direita e dos conservadores.
No total, a proposta de Orçamento do Estado apresentada pelo Governo de Pedro Sánchez teve 158 votos a favor, 191 contra e uma abstenção.
A rejeição empurra o país para eleições legislativas antecipadas. Segundo a agência Reuters, fontes do Partido Socialista, do primeiro-ministro Pedro Sánchez, admitiram que uma derrota no orçamento desencadearia o anúncio de eleições antecipadas, tendo 14 ou 28 de abril como datas mais prováveis. O primeiro-ministro Pedro Sánchez já convocou um Conselho de Ministros para sexta-feira, dia 15.
A confirmar-se um cenário de eleições antecipadas, trata-se do fim do Governo de Pedro Sánchez, que chegou ao poder em junho de 2018, após outras eleições antecipadas que sucederam à queda do Governo de Mariano Rajoy, do PP, quando o seu partido foi abalado por uma série de escândalos de corrupção.
Trata-se, por isso, de mais um episódio de um período bastante conturbado da vida política espanhola, que se encontra ainda a braços com o ressurgimento do movimento independentista na Catalunha.
[Notícia atualizada às 13h58]