O incêndio que está a lavrar em S. Pedro do Sul, distrito de Viseu, provocou ferimentos graves num sapador florestal do agrupamento de empresas papeleiras AFOCELCA, disse à Lusa o presidente da Câmara local, Vítor Figueiredo.
A vítima faz parte de um contingente de homens que estava a combater as chamas na serra da Arada, disse à Lusa o autarca, adiantando que o ferido foi transportado para o Hospital de Viseu de helicóptero.
O presidente da Câmara referiu ainda que já arderam várias casas e há diversas aldeias em risco, identificando os casos de Ervilhal, Outeiro, Pesos e Fujaco.
"Está muito vento. A frente está grande e há diversas povoações em perigo. Já fizemos a deslocação de algumas pessoas", adiantou.
O autarca lamentou ainda a falta de meios para combater as chamas, sublinhando que quando o incêndio deflagrou apenas puderam contar com "a prata da casa".
"O fogo já aqui anda desde segunda-feira. Tínhamos uma frente quase com 16 quilómetros e apenas cerca de 30 ou 40 voluntários para combater todo este fogo. Nunca tivemos apoio das entidades oficiais. O fogo foi progredindo e atingimos um ponto em que a situação foi catastrófica", sublinhou.
Em declarações à Lusa, o comandante Operacional Distrital de Coimbra, Carlos Tavares, que está a coordenar as operações no local, disse que o incêndio, que teve origem no concelho vizinho de Arouca, "tem duas frentes activas a arder com intensidade".
"Isto é um terreno muito acentuado. A nossa primeira prioridade é proteger habitações. Estamos a reforçar meios para lá", referiu o mesmo responsável, adiantando que já arderam três casas devolutas na aldeia de Posmil, que foi evacuada.
O comandante Carlos Tavares disse ainda que o incêndio no concelho de Arouca está na fase de rescaldo, um trabalho que está a ser feito por cerca de uma centena de militares.
Segundo a página da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) na Internet, actualizada às 19h50, este incêndio está a ser combatido por 703 operacionais, apoiados por 234 meios terrestres e nove meios aéreos.