A cidade de Rafah, no sul de Gaza, foi bombardeada pelas forças israelitas, durante a noite de domingo para segunda-feira. Segundo as autoridades locais, há registo de, pelo menos, 52 mortos e dezenas de feridos.
De acordo com a Agência Reuters, os bombardeamentos causaram o pânico generalizado na população, já que a maioria dos habitantes estava a dormir.
Várias dezenas de ataques, de maior intensidade do que nos últimos dias, atingiram os arredores desta cidade, que faz fronteira com o Egito, provocando nuvens de fumo, segundo as mesmas fontes.
As Forças de Defesa de Israel confirmam que realizaram "uma série de ataques" na cidade de Rafah. Afirmam ter atacado alvos terroristas e adiantam que "foram libertados dois reféns durante um ataque das forças especiais". Um porta-voz militar israelita diz que "os reféns estão em boas condições" e "foram transportados ao hospital para fazerem exames médicos".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ordenou ao seu exército que preparasse uma ofensiva contra Rafah.
Um porta-voz militar israelita, contatado pela AFP, não comentou imediatamente.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou no domingo que o exército israelita garantirá "uma passagem segura" antes do assalto previsto à cidade de Rafah, na Faixa de Gaza, numa entrevista a um canal de televisão norte-americano.
A população desta cidade no extremo sul do território costeiro, mais do que quintuplicou nas últimas semanas, com a chegada de centenas de milhares de pessoas que fogem da guerra.
Mais de 1,3 milhões de palestinianos refugiaram-se ali e a comunidade internacional está preocupada com a sua proteção após Netanyahu ter ordenado ao exército que preparasse uma ofensiva em Rafah.
O Hamas alertou para "uma catástrofe e um massacre que poderá resultar em dezenas de milhares" de mortos.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, afirmou que uma ofensiva em Rafah "conduziria a uma catástrofe humanitária indescritível".
O Presidente norte-americano, Joe Biden, pediu ao primeiro-ministro de Israel que garanta a segurança dos 1,3 milhões de palestinianos concentrados em Rafah.
Num telefonema no domingo de manhã com Benjamin Netanyahu, Joe Biden “reafirmou a opinião de que uma operação militar em Rafah não deve prosseguir sem um plano credível e exequível para garantir a segurança e o apoio ao mais de um milhão de pessoas que aí se encontram abrigadas”, segundo um comunicado da Casa Branca.
[Notícia atualizada às 04h15 com novo balanço de vítimas]