As farmácias portuguesas estão a preparar-se para começarem a dispensar, entre outros, medicamentos oncológicos, na tentativa de facilitar a vida a mais de 150 mil doentes do país.
Em declarações ao "Jornal de Notícias" este sábado, o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos indica que as farmácias de rua vão passar a dispensar aos utentes medicamentos que, até agora, só podiam ser levantados nos hospitais.
A medida, indica o bastoário Hélder Mota Filipe, deverá avançar já no segundo semestre do ano, abrangendo fármacos para o cancro e também para o VIH/Sida, doenças reumatológicas e doenças autoimunes.
Para passarem a dispensar estes medicamentos, os farmacêuticos vão fazer formação. "Contamos ter os primeiros colegas com esta formação no primeiro semestre do próximo ano", indica o bastonário, explicando que esta competência "é comum nos EUA e uma realidade na Europa".
Neste momento, existem já em Portugal projetos-piloto neste sentido, que abrangem cerca de 25 mil pessoas.
Com esta medida, adianta Hélder Mota Filipe, o universo de doentes abrangidos deverá subir para "entre 150 mil e 200 mil pessoas, a quem será poupada uma deslocação mensal ao hospital que, por vezes, implicar percorrer quilómetros".