Ministra da Saúde não tem previsão para retoma das visitas aos lares
03-05-2020 - 15:40
 • Inês Braga Sampaio

Marta Temido assume que "a inibição das visitas tem de ser, vai ser e está a ser repensada". Testagem dos funcionários destas instituições está a correr "muitíssimo bem".

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A ministra da Saúde admitiu, este domingo, que não há data prevista para a retoma das visitas aos lares, após a sua suspensão, a 8 de março, no âmbito das medidas de contenção da pandemia da Covid-19.

Na conferência de imprensa de atualização da situação pandémica da Covid-19 em Portugal, que começou com mais de 2h15 de atraso, Marta Temido assumiu que os lares constituem "um contexto em que estão, de entre todos, alguns dos mais vulneráveis" ao novo coronavírus, "pela idade e pelas comorbilidades associadas".

"A inibição das visitas tem de ser, vai ser e está a ser repensada. Não podemos subtrair às pessoas que estão em estruturas residenciais para idosos a visita dos seus próximos durante toda a epidemia. Temos é de encontrar estratégias que permitam garantir a segurança e é isso que estamos a desenvolver, havendo varias hipóteses possíveis em cima da mesa e que iremos, nos próximos dias, partilhar com todos", referiu.

A realização de testes em lares "tem evoluído muitíssimo bem", segundo a ministra, que adiantou que um conjunto de regiões já têm todos os seus profissionais, "o maior veículo de contágio", testados.

"Também queremos trabalhar sobre as unidades de saúde e segurança social, onde temos pessoas em recuperação, e sobre as creches", acrescentou a governante.

Atraso justificado com baixo número de casos novos


Sobre o atraso para a conferência de imprensa, Marta Temido explicou que decorreu da "necessidade de verificar todos os números", face ao número particularmente reduzido de novas infeções, este domingo: 92.

"Houve muito poucas notificações, o que nos obrigou a consultar todas as notificações, para verificar todos os casos", reconheceu.

Apesar de o número de casos confirmados, nas últimas 24 horas, poder ser encarado com otimismo, a ministra da Saúde sublinhou que é um número que "deve ser lido com prudência":

"Desde logo, por termos passado três dias com eventual menor atividade, decorrente do facto de ser fim de semana e feriado."