“É chocante que o PS continue a fabricar pequenos Sócrates”, diz o comentador Henrique Raposo n’As Três da Manhã, esta sexta-feira, na análise a mais um caso que envolve membros do Governo de António Costa.
“É um pouco estranho que o PS não tenha aprendido nada e não tenha criado defesas, anticorpos dentro de si, para impedir que isto aconteça”, começa por afirmar Henrique Raposo, na Renascença.
Mas, para o comentador é também “absolutamente chocante o silêncio do primeiro-ministro sobre o que se está a passar”.
“É inaceitável, é chocante esta questão da assessoria fantasma que depois sai com uma indemnização de oito mil euros. Isto é pior que os 500 mil euros da Alexandre Reis da TAP”.
“A Alexandre Reis, bem ou mal, trabalhou. Não é corrupção. Aqueles eram os valores da aviação que, depois, os ministros fingiram que não conheciam”, argumenta, acrescentando que “Marco Capitão e José Miguel Fernandes não trabalharam e receberam 60 mil euros e, depois, uma indeminização de oito mil euros”.
E, na visão do comentador, “isto é nepotismo ao mais alto nível”.
A finalizar o cometário, Henrique Raposo diz esperar que o próximo Conselho de Estado, que vai fechar este ano de trabalho, que “foi caótico e marcado por este constante clima de corrupção, nepotismo, silêncio, dê um murro na mesa”.
“É preciso que alguém de peso - o senhor Presidente da República - dê um murro na mesa, porque nós estamos perante um sufoco democrático, uma claustrofobia democrática”, diz, assinalando que o Parlamento, e a atual maioria, “que está obviamente doente”, não foi derrubado “porque o Chega tem 10% e impede a formação de uma nova maioria saudável”.