O Crescente Vermelho sírio conseguiu autorização para enviar equipas médicas para a cidade cercada de Madaya esta sexta-feira, onde, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), se registaram 32 vítimas da fome nos últimos 30 dias.
As Nações Unidas (ONU) esperam conseguir enviar mais colunas humanitárias para as cidades de Madaya, cercada por forças governamentais, Foua e Kefraya, cercadas por rebeldes, na próxima semana. Ainda não há data marcada para Zabadani, também a precisar de assistência humanitária urgente.
De acordo com a ONU, há 450 mil pessoas presas em 15 locais sitiados por todo o país em zonas controlados alternadamente pelo governo sírio, pelo autodenominado Estado Islâmico e por outros grupos rebeldes.
As organizações no terreno, citadas pela agência Reuters, têm dado conta de um cenário devastador, com centenas de pessoas em perigo de vida devido à subnutrição e dezenas de mortes.
Esta sexta-feira, a UNICEF alertou que em Madaya, das 25 crianças observadas pelos seus profissionais, 22 exibiam sinais de subnutrição “moderada a grave”.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse na quinta-feira que as forças no terreno estão a cometer “atrocidades” e condenou o uso da fome como arma de guerra num conflito, que se arrasta há quase cinco anos.