A ministra da Defesa garantiu esta segunda-feira no Parlamento, onde se debate o orçamento deste setor, que no final deste mês estarão disponíveis 37 meios aéreos de combate a incêndios.
“Durante este mês estão já disponíveis 37 meios no dispositivo em linha com o planeamento existente. O programa de edificação da capacidade própria do Estado de meios aéreos de combate a incêndios rurais será assim executado através de um investimento de 26,9 milhões €, dos quais 14 milhões através do PRR”, disse a ministra Helena Carreiras.
A governante destacou ainda que os “três últimos anos contaram já com o maior dispositivo de sempre, com a disponibilidade de 60 meios aéreos assegurada pela Força Aérea. Portugal nunca teve tantas aeronaves disponíveis na altura mais crítica de incêndios”.
A ministra voltou a sublinhar a primeira medida tomada neste arranque de mandato e que tem a ver com as promoções, há muito pendentes, para um total de cinco mil e 800 militares.
“Foi possível, nas primeiras semanas do meu mandato, autorizar, em colaboração com o ministério das Finanças, as promoções anuais que estavam há uma década a ser sistematicamente empurradas para o final do ano. As promoções irão abranger assim um total de 5. 800 militares”, disse.
Criação do quadro permanente de praças
A ministra da Defesa anunciou, depois, que vai avançar com a criação do quadro permanente de praças no Exército e na Força Aérea. “Um objetivo há muito almejado por estes ramos. Espero ser possível nos próximos meses, concretizar o processo legislativo necessário para concretizar esta importante medida, incluída já no Plano de Ação para a Profissionalização, bem como no programa do Governo”, explicou.
Depois dos militares, outro eixo prioritário definido pela nova ministra da Defesa é da modernização das Forças Armadas.
“Para o ano de 2022 encontra-se assim previsto um montante de 355 milhões de euros para o reequipamento e modernização das Forças Armadas, verificando-se um crescimento efetivo de 20 milhões euros de investimento”, anunciou Helenas Carreiras.
Segundo a governante, o acréscimo será consignado a um “conjunto de projetos relevantes, incluindo a aquisição das aeronaves militares de transporte estratégico KC-390, a construção de navios de patrulha oceânica ou a ampliação das responsabilidades e meios de ciberdefesa, três programas que permitirão a Portugal melhor lidar com as ameaças do presente e os desafios do futuro, em linha com os nossos aliados”.