A justiça alemã decidiu extraditar o ex-líder catalão Carles Puigdemont por má utilização de fundos públicos.
Segundo o jornal espanhol "El País", a decisão do tribunal de Schleswig-Holstein de extraditar o político para Espanha está relacionada com uma suspeita de crime de peculato (uso fraudulento de fundos públicos) e não pelo suposto delito de rebelião. Uma vez em Espanha, Puigdemont só poderá ser julgado pelo crime pelo qual é extraditado.
"A acusação de peculato público é aceitável, a extradição para a acusação de rebelião não é aceitável", diz o tribunal de Schleswig-Holstein em comunicado. Não foi aplicada nenhuma medida de coação, pelo que o Puigdemont permanece em liberdade.
A 5 de abril, o mesmo tribunal alemão recusou a rebelião como motivo para extraditar o antigo líder da Catalunha e libertou Puigdemont, que se encontravana prisão de Neumünster desde 24 de março, quando foi detido pela polícia alemã pouco depois de ter entrado pela fronteira dinamarquesa.
Puigdemont fugiu de Espanha depois de Madrid ter decidido, em 27 de outubro de 2017, intervir na Catalunha, na sequência da tentativa, que liderou, de criar uma República independente naquela comunidade autónoma espanhola.
O ex-presidente do executivo catalão fugiu inicialmente para a Bélgica, mas foi apanhado este ano pela polícia alemã.
As autoridades alemãs estudavam até agora a resposta a dar à justiça espanhola que pediu a sua extradição para responder em tribunal por delitos de rebelião, sedição e peculato.