O recurso ao crédito aumentou entre fevereiro e março, 1,3 mil milhões, para 725 mil milhões de euros, segundo dados publicados esta quinta-feirae pelo Banco de Portugal.
Segundo o supervisor, o aumento do endividamento no sector privado chegou a 1,7 mil milhões de euros, mas acabou por ser compensado por uma redução no setor público, de 400 milhões de euros.
Esta redução das dívidas do Estado são justificadas pela diminuição do endividamento externo (2,1 mil milhões de euros), isto apesar de terem subido as dívidas à banca (1,4 mil milhões de euros) e às empresas (200 milhões de euros).
No final de março, a dívida total do sector não financeiro chegava aos 725 mil milhões de euros, mais de 322 mil milhões são do setor público, os restantes 402 mil milhões são dívida do setor privado.
Crédito das empresas está a subir
Segundo o novo indicador publicado pelo Banco de Portugal, em março de 2020, a taxa de variação anual do endividamento total das empresas privadas foi de 0,6%, mais 0,2 pontos percentuais do que o registado no mês anterior. A tva do endividamento total dos particulares diminuiu 0,2 pp, para 0,8%.
No primeiro mês de impacto da pandemia em Portugal, só as empresas aumentaram o endividamento em 1,9 mil milhões de euros, sobretudo “face ao setor financeiro". Um acréscimo “parcialmente compensado pela diminuição do endividamento dos particulares em 0,2 mil milhões de euros [200 milhões de euros], principalmente face ao setor financeiro”.