Paulo Pereira, videoárbitro Bola Branca, atribui Nota 3 a Luís Godinho, juiz do Estoril Praia 1-1 FC Porto, jogo da sétima jornada do campeonato.
Na primeira parte, Godinho teve uma arbitragem "muito serena", com acerto nos dois golos anulados ao FC Porto, ambos por fora de jogo.
"Os dois foras de jogo são evidentes, estranho apenas a demora do VAR na confirmação do primeiro", assinala o especialista em arbitragem.
Paulo Pereira critica, no entanto, "os protestos mais exagerados" de Francisco Geraldes, que foram permitidos pelo árbitro. O médio do Estoril acabaria por ser admoestado na segunda parte.
Expulsão e penálti: decisões acertadas
A segunda parte abriu com Geraldes a reclamar um pretenso pontapé de penálti, num lance com Zaidu.
"Parece-me um lance normal, os jogadores iam lado a lado na disputa de bola", avalia o VAR Bola Branca.
O segundo cartão amarelo a Mor Ndiaye, que deixou o Estoril reduzido a dez jogadores perto do final, chegou a ser analisado pelo videoárbitro. Em causa estava a possibilidade de ser cartão vermelho direto.
"Percebo a manutenção da decisão de Luís Godinho num único aspeto: Ndiaye toca primeiro a bola, antes de fazer uma falta que seria para vermelho direto", esclarece Paulo Pereira.
Quanto ao penálti que deu o golo do empate ao FC Porto, já em tempo de descontos, o antigo árbitro aprova a decisão e explica a demora.
"É evidente a mão de Joãozinho, não há dúvida que é penálti. A grande dificuldade é onde está Namaso no meio daquela molhada de jogadores do Estoril. É muito difícil, mesmo com as linhas do fora de jogo. Daí toda a demora. Mas parece estar em jogo e Joãozinho joga claramente a bola com o braço", justifica.
Por fim, o VAR Bola Branca considera que Luís Godinho devia ter mostrado cartão amarelo "muito mais cedo" a Dani Figueira, guarda-redes do Estoril, que "abusou muito na demora" na reposição da bola em jogo.
"Jogo com altos e baixos para Luís Godinho, que acabou por fazer um bom trabalho, sem influência no resultado final", conclui Paulo Pereira.